Coleção Os Incontornáveis da Banda Desenhada
Publicação ASA e Público, 2011
Este álbum reúne os três primeiros álbuns da série O Gato do Rabino: O Bar-Mitzvá, O Malka dos Leõers e O Êxodo.
Resumo
No início do século XX, o gato de um rabino de Argel relata sua vida, dialogando com o seu mestre. Na verdade, este gato só fala porque comeu o papagaio da casa e tende a dizer o que pensa, sem inibição. O gato questiona tudo, especialmente, o rabino e os próprios fundamentos do judaísmo. Temendo a má influência que o seu gato falante pode ter sobre sua filha Zlabya, o rabino decide ensinar-lhe o Torah, o Talmud, a Mishna e o Guemara para colocá-lo no caminho certo.
Joann Sfar
Argumentista, Desenhador
(França) Nice, 28 de Agosto de 1971
Joann Sfar nasceu em Nice em 1971, filho de mãe cantora e pai advogado. Foi educado segundo as culturas judia ashkenaze e sefardita, aprenda hebraico e os princípios da Torá, mas também frequenta a escola pública francesa. Sfar, cujo apelido vem precisamente de sofer, «escrivão» em hebraico, depressa começa a inventar e desenhar histórias com a abundância que ainda hoje o caracteriza. A partir dos quinze anos começa a enviar mensalmente um novo projeto de banda desenhada a diferentes editores, trabalhos esses rejeitados com a mesma regularidade. Mais tarde, conhece Fred, Baudoin e Pierre Dubois, que se tornam nos seus verdadeiros pais espirituais. Depois de um doutoramento em Filosofia na Universidad de Nice, estuda Belas Artes em Paris e apaixona-se pelos cursos de Morfologia. Em 1993, cruza a porta do atelier Nawak, o futuro atelier Des Vosges, onde conhece Lewis Trondheim, David B., Jean-Christophe Menu, Emmanuel Guibert, Christophe Blain, Émile Bravo e Marjane Satrapi. Num belo mês de 1994, três editores diferentes propõem-lhe editar o seu trabalho. O seu primeiro livro, NOYÉ LE POISSON, é publicado nesse mesmo ano por L’Association. Depois, a um ritmo aparentemente desordenado, Joann Sfar compõe obras de uma originalidade absoluta. A profundidade das suas histórias nunca exclui a diversão nem a sensualidade. Os seus personagens têm a mesma truculência que os de Albert Cohen. E o prazer de desenhar é nele tão comunicativo como em Quentin Blake. Graças a autores como Sfar, a banda desenhada eleva-se a um novo patamar.
Assinou já mais de cem obras de Banda Desenhada. Igualmente cineasta, é o autor de “Gainsbourg – Vida Heroica”, tendo também corealizado o filme de animação baseado na BD “O Gato do Rabino”.
( http://bedetecaportugal.weebly.com/gato-do-rabino.html).