Durante algum tempo houve imensas crianças a nascer na nossa família.
Ultimamente têm rareado...
A nova priminha Laura foi recebida com muita alegria.
Realizei algumas lembranças para saudar a sua chegada.
Um casaquinho em crochet, amarelo e laranja, cores preferidas da mamã Melissa.
Um polvo em crochet, o qual parece ter sido do agrado da Laura!
Uma fraldinha bordada.
Uma caixinha de madeira decorada com decoupage.
E um mobile de ursinhos.
No tempo em que fiz a instrução primária existia a obrigatoriedade da componente "Lavores" para as meninas e da componente "Trabalhos oficinais" para os meninos.
Tempos de regime fascista em que a desigualdade de género era bem evidente, logo no início de vida dos cidadãos, existindo escolas femininas e escolas masculinas, considerando-se "perigoso" que meninos e meninas convivessem num mesmo espaço; e componentes práticas femininas e masculinas, pois as meninas tinham que ser orientadas para serem boas donas de casa e os meninos para serem bons chefes de família com profissões de artifices ou operários.
O meu trabalho de lavores realizado na 4ª classe foi um conjunto de seis naperons bordados a ponto pé de flor.
Durante anos a minha mãe usou estes naperons na nossa cozinha.
Na altura usavam-se imensos naperons e paninhos.
Este fiz para usar em cima do frigorifico.
O destralhar da casa dos meus pais tem apresentado muitos destes tesouros, a maioria dos quais eu já tinha esquecido, guardados durante anos com imenso orgulho e carinho pela minha mãe.
Há alguns dias a minha irmã mostrou-me outra "relíquia" ...
Um saquinho que bordei, costurei, acrescentei um picot em crochet, e ofereci à minha irmã quando ela entrou para a escola para levar o lanche.
Agora ela usa-o como bolsa para colocar as máscaras sobresselentes.
O que de melhor pode acontecer nas férias?
Ter tempo para fazer aquilo de que mais gosto!
No primeiro fim de semana de férias fiz crochet, costura e bordado!
O mais importante é que apenas utilizei (e reutilizei...) materiais armazenados (acumulados...) sem adquirir qualquer material!
Estou a tentar reduzir a aquisição de novos materiais!
Todos os trabalhos realizados são originais, da minha autoria!
Terminei uma camisola de crochet que tinha iniciado há alguns dias...
Utilizei apenas algumas das linhas que sobraram das camisolas que desmanchei e que tenho estado a transformar noutras camisolas.
Realizei uma blusa fresquinha a pensar no calor dos próximos dias...
Aproveitei dois quadrados de tecido guardados há alguns anos, linhas de bordar e de crochet todas da minha reserva e um dream catch (tema que adoro) desenhado pela minha irmã.
Transformei umas calças do Victor que estavam rasgadas num joelho em calções para ele usar.
Com as pernas das calças fiz dois sacos para transportar os meus livros e os trabalhos manuais em progresso.
Num deles usei um bordado em ponto cruz que estava esquecido e no outro uma renda em crochet que a minha irmã fez há alguns anos.
Usei alças de malas já fora de uso.
Utilizando as cortinas que trouxe de casa dos meus pais e restos de fitas de vários trabalhos fiz uma série de sacos para utilizar nas compras de frutos e vegetais...
Reutilizar e poupar são formas de preservar o planeta em que vivemos.
Gostei dos resultados obtidos!
Estou feliz!
Reutilizar é o que estás a dar!
Reutilização de linha resultante de desmanchar duas camisolas que já não usava há algum tempo.
Camisola de crochet em dois tons de azul.
Esta terá que esperar por dias mais frescos para ser usada!
Camisola de crochet, realizada com quatro granny squars.
Reutilização de linha de algodão proveniente de um casaco que já não utilizava e que desmanchei, e restos que sobraram de outros trabalhos.
Gostei do resultado!
Nos últimos tempos tenho andado numa onda de crochet.
Para variar um pouco das camisolas, seguiu-se um saco de linha...
A nossa família vai aumentar com uma priminha que vem a caminho.
Para a Laura bordei uma fralda e fiz um casaquinho...
O confinamento impediu os momentos de convívio familiar que faziam parte das nossas vidas, aos quais estavamos tão habituados que nos esqueciamos de dar o devido valor.
Esperemos que, após este longo período, possamos dar mais valor aos momentos em que estamos juntos.
Eu e a minha irmã, pela primeira vez nas nossas vidas não nos encontramos no meu aniversário e pela segunda vez consecutiva não nos encontramos no aniversário da minha irmã.
A distância não permitiu que nos esquecessemos uma da outra um único dia nem diminuiu o amor incondicional que nos une!
Aproveitei alguns dos meus momentos de repouso durante os últimos tempos para fazer uma lembrança de aniversário para a minha irmã, uma camisola em crochet.
O modelo e o tipo de lã são idênticos aos utilizados nas camisolas mostarda, com uma ligeira alteração pois não gosto de repetir trabalhos.
E, finalmente, a camisola foi entregue!
Parabéns Zá!
Para o Zé o e o João, dois vasos coelhinhos a acompanhar as amêndoas (atrasadas) da Páscoa...
A minha pancada de realização de camisolas de tricot e crochet dos ultimos tempos teve como resultado o aumento da quantidade de restos de lãs acumuladas... E, como a pancada ainda não acalmou, e o confinamento continua, apesar da ansiedade provocada pelo acumular de materiais, a vontade constante de realizar mais trabalhos não desaparece ... e, para ajudar à situação, as retrosarias estão encerradas!
A filhota, amiga do ambiente e do minimalismo, inimiga da acumulação e do consumismo, sempre pronta a resolver problemas, sugeriu:
- Porque não pegas numa série de restos de lãs dos ultimos trabalhos e me fazes uma camisola multicolorida?
Brilhante ideia!
Abri caixotes de lãs e tentei agrupar por grossuras e cores combinantes...
Tarefa difícil!
Parecia que, entre quilos e quilos de lãs, todas apresentavam grossuras e composições muito diferentes e nenhumas cores combinavam esteticamente!!!
Decidi-me por um conjunto de nove restos de lãs, inventei uma conjugação de riscas desiguais em pontos de crochet à base de pontos altos e coloquei mãos à obra...
Ao fim de uma semana a crochetar, aproveitando os intervalos entre períodos de teletrabalho, a agulha de cujo número só tinha uma em casa, partida e unida com fita cola, algumas riscas desmanchadas para obedecer a alterações de padrão devido à extinção(!) de alguns dos tipos de lã, saiu a tão esperada camisola!
Uma camisola eclética multicolorida "Modelo by Adelaide Pereira".
A minha prenda de aniversário para a Ana!
Não é uma manta de retalhos...
É uma camisola eclética multicolorida!
O mais importante é mesmo o resultado final: A Ana gostou!
Parabéns filhota!
Alguns trabalhos realizados durante este período de confinamento:
Cup cozy pinguim para o Zé...
Cup cozy gato para o João...
Pano de loiça com pinguins bordados a ponto cruz para o Zé...
Saco de crochet para sabonete para a Ana...
Porta garrafa de água para a Ana...
Pegas da avó para aproveitamento de restos de lã...
E muitos desenhos pintados...
Aqui estou! Confinada ao espaço casa!
Nestas condições torna-se ainda mais importante manter a cabeça e as mãos ocupadas para não começar a "panicar"!
Peguei em dois coletes de lã, um branco pérola e outro verde, que já não usava, e desmanchei-os!
Juntei um pouco de lã verde mais escura que restou de um trabalho.
Utilizando como base as medidas da camisola amarelo mostarda em crochet, surgiu uma nova camisola para a minha filhota!
Ela gostou!
Muito para lá da necessidade de produzir peças em lã, o tricô tem-se tornado numa atividade de tempos livres bastante reconfortante.
A verdade é que vários estudos, realizados um pouco por todo o mundo, têm mostrado os inúmeros benefícios que esta atividade tem para a saúde.
Stress, ansiedade, depressão e dor crónica beneficiam, e muito, com o tricô.
A Clínica da Dor do Royal United Hospital, no Reino Unido, conduz, desde 2006, sessões de tricô como forma de terapia. A conclusão é que, esta atividade, tem resultado na diminuição da dor e da necessidade de recurso a medicação para a combater.
O psicólogo responsável por este trabalho, Mike Osborn, admite que tricotar consegue ajudar os pacientes como nenhuma outra técnica, ou tratamento.
Os estudos, que têm vindo a ser realizados nesta área, demonstram que quando uma pessoa está a criar algo, neste caso a tricotar, o organismo deixa de ter capacidade de monitorizar, simultaneamente, a forma como o corpo se sente.
Além disso, os movimentos repetitivos do tricô ativam o sistema nervoso parassimpático permitindo aliviar o stress.
Um inquérito realizado a 3500 praticantes regulares de tricô, publicado no British Journal of Occupational Therapy, revelou que quanto mais as pessoas tricotam mais calmas e felizes se sentiam.
Está provado que, quando fazemos algo que nos dá prazer, o organismo liberta uma substância designada dopamina. Os cientistas acreditam que esta substância existe para nos incentivar a repetir atividades que nos ajudam a sobreviver, como comer ou fazer sexo. Assim sendo, por si só a dopamina é um anti-depressivo natural.
Por outro lado, tricotar faz ativar diferentes circuitos cerebrais, protegendo o cérebro dos problemas normais do envelhecimento.
Atividades que promovam a sua estimulação intelectual são capazes de ajudar a prevenir a atrofia cerebral ou demência.
Por todos estes motivos, vale bem a pena tirar as agulhas do baú e dar asas à imaginação. E quanto mais complexo o padrão do tricô, mais o seu cérebro lhe agradece. Esta complexidade permite aumentar a elasticidade cerebral, dizem os entendidos.
Uma camisola nova em crochet!
A lã bordeaux era de um colete que já não usava e poucas vezes usei e que desmanchei para voltar a utilizar porque é de boa qualidade e gosto da cor.
As lãs cinzentas e branca sobraram de outros trabalhos.
Utilizando o modelo e medidas utilizadas para a camisola amarelo mostarda em crochet, conjuguei estas quatro lãs, de marcas diferentes mas de qualidade e grossura semelhantes, e surgiu uma nova camisola.
Adorei o resultado!
Do baú das recordações da minha irmã sairam duas peças que constituem uma lembrança maravilhosa confecionada há 31 anos!
O xaile e a touca que realizei para o enxoval do meu filho Pedro antes do seu nascimento. Depois foi usada pela minha filha Ana e, em seguida, pelos meus sobrinhos Zé e João.
O xaile foi feito numa lã muito macia, na minha antiga máquina de tricotar (uma das últimas peças que fiz na máquina!) e a borda em crochet.
A touca foi feita em crochet seguindo um modelo bastante antigo.
Ambas as peças usaram fita de cetim azul que foi trocada por cor de rosa para a Ana.
A minha filhota ofereceu-me uma lembrança de aniversário linda e muito útil: Uma tijela em madeira para suporte dos fios durante a realização de trabalhos de crochet e tricot.
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